Engana-se aquele que acha que as cidades foram fundadas somente por Bandeirantes. Ao longo da história surgiu outra figura que auxiliou na formação do Vale do Paraíba, o Tropeiro.
Alguns historiadores consideram como marco inicial do tropeirismo a instalação da Oficina Real dos Quintos na Vila de Taubaté em 1695 onde era arrecadado o "real quinto", tributo devido ao Rei. A partir daí todo ouro que fosse encontrado no estado de Minas Gerais deveria ser transportado até esta Vila, e de lá ia ao Porto de Paraty, para então ser encaminhado ao Rio de Janeiro, sede do Reino.
Este movimento com bravos homens e suas mulas, viajavam cerca de 4 léguas por dia, ou seja, 24 km, distância média das atuais cidades. Nestes intervalos montavam pequenos ranchos para descanso, onde se reuniam além dos comerciantes, também ferreiros, coureiros e seleiros, profissionais muito valorizados na época. Esta concentração ajudou na formação das referidas vilas e posteriormente, algumas das atuais cidades do nosso Vale do Paraíba.
Estas rotas serviam para escoar os produtos comercializados na época. Ao longo de mais de 200 anos transportou-se vários produtos. Primeiro veio o ouro, depois a cana, o café e, inclusive, escravos. Somente o café, em levantamentos feitos no Porto de Paraty de 1850, os números dão conta que só ali embarcavam cerca de 4 mil sacas de café por dia. Isso representa dois mil animais por dia, em movimento por esses caminhos. Outros produtos transportados foram o açúcar mascavo, sal, farinha, vinagre, aguardente, vinho, azeite, queijo, manteiga, biscoito, passas, noz, marmelada, coco, gengibre, sabão, fruta seca, carne seca, toucinho, chouriço, salame, bacalhau, peixe seco, algodão, os tecidos grosseiros de algodão, vidro para janela e alfaias (utensílios e adornos).
Deles restaram ainda, um pouco da cultura daquela época até os dias atuais. Provérbios como “É na sela que o burro conhece quem monta”, “Os cães ladram e a tropa passa”, “Quando um burro fala o outro murcha a orelha” e; expressões como “Tô por cima da carne seca”, “Deixe de ser besta!”, “Picar a mula”, "Empacado como uma mula" são resquícios desta cultura.
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Obra: Rancho Grande, de Benedito Calixto
Fontes:
Resumo Escolar
Receita Federal
Portal Memória Brasileira
Fundação João Pinheiro - Governo de Minas Gerais
Jornal Cruzeiro
Pura realidade a resposta do Luiz Sérgio do Prado, os livros estão ou não equivocados quanto ao seus conteúdos. .?sobre a fundação de algumas cidades do vale do paraíso.
Teste de resposta do Administrador.
Então, temos que arrancar algumas páginas dos livros de história, pois, até então, o bandeirante Jaques Felix, tinha sido o fundador de Taubaté e outras cidades.
Olá Luiz Sergio!
Sim, você tem razão e cabem correções e outras adequações!
Vamos atualizar e melhorar pesquisas!
Continue navegando em nossas páginas e não vamos queimas as dos livros, não hehe…!
Muita gente ainda precisa deles, não é mesmo?
Obrigada pela contribuição à Trip Rural!
Parabéns pela pesquisa e histórico revelador.
Olá Renato Ferreira! Obrigado pela visita ao nosso Portal!
Estamos felizes por ter apreciado nosso conteúdo.
Continuar a trabalhar para termos mais amigos visitando e conhecendo nosso Vale do Paraíba.
Abraços da Equipe Trip Rural